Revisões de fases do Plano São Paulo serão divulgadas às sextas-feiras, a partir do dia 26


Governo do Estado anuncia que a mudança na data busca garantir as informações mais atualizadas e periódicas

Por Ricardo Nogueira, com informações do Governo de SP e TV Vanguarda

O Governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (17) que, a partir de agora, as classificações de fases do Plano São Paulo serão anunciadas sempre às sextas-feiras. A mudança na data tem o objetivo de garantir que as informações sejam mais atualizadas e precisas. As revisões serão fechadas nos dias anteriores à divulgação, sempre às quintas-feiras.

O próximo anúncio de revisão acontecerá em 26 de junho, com apresentação de um novo balanço do plano e a possibilidade de reclassificação das regiões para fases mais ou menos restritas de reabertura econômica. A reavaliação será feita a cada 15 dias e passará a valer na segunda-feira após o anúncio, sendo a classificação vigente nas duas semanas seguintes.

O Centro de Contingência do Coronavírus monitora diariamente os indicadores da epidemia. Se necessário, serão tomadas medidas de restrição nas regiões que não apresentarem melhora, baseado nos dados técnicos de saúde e contágio.

Os indicadores de cada DRS (Departamento Regional de Saúde) determinam cinco possíveis fases de reabertura de atividades econômicas não essenciais. Os critérios são: média da taxa de ocupação de leitos de tratamento intensivo para COVID-19; número de leitos UTI COVID-19 por 100 mil habitantes; e taxas de acréscimo ou decréscimo de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior.

Flexibilização fora do Plano SP


O Secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Flávio Amary, declarou ao telejornal Link Vanguarda no início da tarde do dia 17, que o governo estadual não vê com bons olhos a flexibilização à margem do Plano SP adotada por municípios do Litoral Norte, como Ubatuba e São Sebastião. Os dois municípios estão liberando o funcionamento de hotéis, pousadas e restaurantes de segunda a sexta-feira. A fase 2 (Laranja) do Plano SP, onde estão inseridos os municípios sob a jurisdição do DRS de Taubaté (DRS XVII), não permite o funcionamento desses setores.

A cobrança de segmentos econômicos e a pressão política dos efeitos da pandemia sobre os prefeitos é recorrente. Em Bananal, o prefeito chegou a externar isso, mas manteve a posição em seguir integralmente as diretrizes do Plano SP. (veja/reveja clicando aqui)

"Nós vemos com muita preocupação, na medida em que os números vem crescendo. Nós temos notícia que os dados de junho mostram um aumento de 67% no número de mortes e 65% de novos casos confirmados na região do Vale do Paraíba". Amary salientou que o estudo que embasa o Plano SP "foi feito de fora técnica, com cientistas, com médicos, enfim, um estudo muito bem elaborado".

Informado de que a justificativa para a abertura é o desemprego e a situação sob controle na rede hospitalar, Amary salientou que o estado tomou uma decisão pactuada com o Conselho Municipalista integrado por prefeitos das regionais e com setores da economia. "O decreto não foi uma decisão aleatória. Foi baseado na ciência e para preservar vidas. O problema do emprego é real, mas o inimigo da economia, não é a quarentena, não é o isolamento social. É o vírus, é a pandemia. Então precisamos controlar a pandemia para a retomada consciente, dando aos prefeitos alguma autonomia para fazer dentro de um regramento, com transparência e critérios objetivos, fazer a flexibilização em seus municípios".

Já em relação à reabertura de templos religiosos (Aparecida permitiu a visitação à imagem de Nossa Senhora no Santuário Nacional), o secretário esclareceu que o estado nunca restringiu o funcionamento dos templos, desde que obedecidos os critérios de distanciamento e cuidados sanitários. (clique aqui para assistir a integra da entrevista)   

  

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