Até quando vai esse sobe e desce das temperaturas?

 

Modelos de previsão climática não enxergam uma quebra no padrão, mas pode-se contar com a sazonalidade atenuar este gradiente de temperatura

Com informações da Climatempo

A população do Sul e Sudeste tem sentido uma grande variação nas temperaturas nas últimas semanas. O sobe e desce tem sido constante, o que causa um desconforto muito grande e até diminuição da imunidade.

Antes de falarmos quando, precisamos saber como... A explicação para essa variação tão significativa nas temperaturas tem dois culpados:

O primeiro é o fenômeno La Niña, que costuma aumentar a frequência de frentes frias e o mesmo La Niña faz com que a maioria desses sistemas avancem de forma mais costeira, por isso essa maior variação nas condições do tempo no sul e leste de São Paulo, afetando inclusive a capital e todo litoral paulista e o estado do Rio De Janeiro.

O outro culpado é o Atlântico Sul que, com algumas diferenças na temperatura da superfície do mar (TSM), acaba criando um ambiente favorável ao avanço dessas frentes frias. Agora, temos uma área de TSM "mais quente" na altura da Argentina e "mais fria" na altura da costa do Sul e Sudeste do Brasil. Esse gradiente de temperatura acaba potencializando a frequência de frentes frias e por isso esse "sobe e desce" na temperatura.

Quando isso acaba?

Previsão Climática envolve muitos fatores e não é tão simples batermos o martelo de quando essa condição chega ao fim. Por enquanto, os modelos de previsão climática não enxergam uma quebra nesse padrão, mas podemos contar com a sazonalidade, ou seja, com a chegada da primavera a água na costa do Brasil pode "aquecer" ou ficar "menos fria", o que deve atenuar este gradiente de temperatura, e só assim poderá diminuir a frequência de frentes frias.

Essa situação pode acontecer a partir de meados de outubro, segundo expectativas do nosso Climatologista Vinícius Lucyrio. As frentes frias ainda estarão presentes na primavera e verão, haja visto, é um sistema meteorológico que passa o ano todo, no entanto, serão menos frequente e suas massas de ar polares associadas, menos frias.
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