Casos de dengue em Bananal subiram de 2, em 2023, para 12 nos primeiros 40 dias de 2024

 


Segundo dados do Ministério da Saúde, registros de casos prováveis elevaram de 18,1 para 120,4 o coeficiente de incidência no município

Por Ricardo Nogueira

Dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde em pesquisa da Gazeta de Bananal, mostram o crescimento dos casos de dengue em Bananal, tendo por base o ano epidemiológico de 2023 e os primeiros 40 dias deste ano. A reportagem não encontrou dados atualizados no site da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Os dados oficiais, normalmente, estão desatualizados em relação ao levantamento em tempo real das prefeituras. Mesmo assim, é possível constatar que, segundo o Ministério da Saúde, os casos prováveis de dengue saíram de apenas 2 ao final de 2023, para 12, registrados nos 31 dias de janeiro, mais os 9 primeiros dias de fevereiro em Bananal.

Com isso, o coeficiente de incidência dos casos prováveis de dengue em Bananal saltou de 18,1 (em dezembro de 2023) para 120,4 nos primeiros 40 dias de 2024 (1º de janeiro a 09 de fevereiro). A taxa de incidência de dengue é calculada utilizando o número de casos novos da doença (clássica e hemorrágica) notificados ao Sinan dividido pela população residente no local e ano, multiplicado por 100 mil habitantes.


Dos 12 casos no município, 6 foram contraídos por homens e 6 por mulheres. No recorte por raça/cor, foram 10 pessoas da cor branca (6 homens e 4 mulheres), um homem da cor parda e um da cor preta.   

Dos 12 casos, 8 foram confirmados e 4 não. 

Segundo a Pirâmide Etária, Bananal teve 3 casos em idosos: dois casos na faixa de 70 a 79 anos e um na faixa de 60 a 69 anos. Teve também dois casos na faixa etária entre 50 e 59 anos, um caso entre 40 e 49 anos e quatro casos no recorte de 30 a 39 anos. Houve ainda um caso na faixa de 20 a 29 anos e um caso em criança na faixa de 01 a 04 anos.




No final do ano passado, a Prefeitura de Bananal intensificou campanha de conscientização da população para as ações de prevenção à doença e combate ao mosquito aedes aegypti evitando criadouros, incluindo carro de som circulando pela cidade e alertando para o aumento do número de casos.

Desde novembro, quando todos os municípios paulistas registraram casos, o governo estadual e as prefeituras vem prestando orientações sobre prevenção e controle das doenças, além de ações em casos de sintomas.

“Os criadouros do Aedes aegypti são os locais onde os mosquitos depositam os seus ovos e as larvas se desenvolvem até formarem mosquitos adultos. A eliminação desses criadouros é uma estratégia fundamental no controle da proliferação do Aedes e prevenção das doenças que ele transmite. Alguns exemplos de criadouros são recipientes de água parada, pratos de plantas, calhas entupidas, lixeiras e caixas d’ água mal vedadas, além de piscinas ou fontes sem os devidos cuidados”, explicou na época a coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, Regiane de Paula. 

Segundo dados oficiais, mais de 80% dos criadouros do mosquito são encontrados nas residências. O aumento dos casos de dengue ocorre em todo o país e levou o governo federal a iniciar a aplicação de vacina nos municípios com maior incidência.

A preocupação com o tempo de imunização é que o ciclo de vacinação se encerra somente após a aplicação da 2ª dose da vacina, três meses depois da 1ª dose. Outro fator de apreensão é que o pico dos casos no Brasil costuma acontecer entre março e abril, ou seja, a despeito da acentuada elevação dos casos em novembro, dezembro e janeiro, o país ainda não entrou no período de pior incidência da dengue.

Os índices de transmissão das arboviroses, que são as doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos, estão associados à adaptação do animal às condições ambientais, especialmente o calor.

Recomendações gerais para eliminação de criadouros do Aedes aegypti:

• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.
A Secretaria da Saúde orienta a população a procurar um serviço de saúde ao apresentar qualquer sinal ou sintoma de dengue, chikungunya ou Zika, como dores no corpo e febre. O diagnóstico e o tratamento para as doenças são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
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