Dona Dora foi educadora e diretora do Coronel Nogueira Cobra, professora de música e idealizadora dos tradicionais tapetes de Corpus Christi em Bananal
Por Ricardo Nogueira
Faleceu na manhã desta terça-feira (15), aos 104 anos de idade, a professora Doralice Costa Gomes de Oliveira, figura querida e emblemática da história de Bananal. Conhecida por todos como Dona Dora, ela marcou gerações como educadora, musicista e referência cultural do município.
Dona Dora está sendo velada em sua residência, na praça Rubião Júnior (Largo do Rosário), com sepultamento previsto para as 9h da manhã de quarta-feira, 16 de julho, no Cemitério da Santa Casa.
Dona Dora foi Diretora da Escola Coronel Nogueira Cobra, onde também lecionou. Sua atuação firme, dedicada e carismática moldou o caráter de centenas de alunos ao longo de sua carreira. Foi também professora de educação artística e de música, contribuindo para o desenvolvimento cultural de diversas turmas e projetos educacionais.
Em 1955, foi a responsável por introduzir em Bananal a confecção dos tapetes ornamentais de Corpus Christi, uma prática que se tornou tradição religiosa e cultural da cidade. O trabalho começou com tapetes feitos de serragem, areia e outros materiais simples, colocados diante da Igreja do Rosário, no Centro Histórico. A tradição, que completou 70 anos em 2025, foi perpetuada graças à sua influência e dedicação, sendo mantida por gerações de fiéis e artistas locais.
Além da educação e da religiosidade, Dona Dora esteve sempre associada às boas memórias e tradições do município. Sua presença era constante em eventos culturais e celebrações comunitárias, sendo considerada um verdadeiro patrimônio humano de Bananal.
A notícia de seu falecimento causa comoção entre ex-alunos, familiares e moradores.
Dona Dora deixa um legado de amor à educação, à cultura e à religião católica. Sua memória viverá na história da cidade que ajudou a construir com sabedoria, sensibilidade e exemplo.