Caso dos "potinhos" de urina reutilizados repercute após reportagem de TV.

  A denúncia formulada por uma moradora de Bananal - que não quis se identificar com medo de represálias - e a abertura de mais uma Ação Civil Pública deu pauta para outra reportagem de cunho negativo para a cidade, atrelada à gestão de David Morais.

  A TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo na região metropolitana do Vale do Paraíba levou ao ar, nas edições do telejornal Vanguarda TV da última quarta-feira, a denúncia de que potes de coleta de urina estavam sendo reutilizados nos exames de pacientes da Unidade Mista de Saúde (clique aqui para assistir). 

 A reportagem também está hospedada no site da emissora, conforma reproduzida pelo blog ao final desta matéria.

  Quando a denúncia veio a público a cerca de duas semanas, pessoas ligadas ao prefeito se apressaram a dizer que o procedimento "não tinha nada demais" e que até haveria uma norma demonstrando que a suposta "esterilização de forma adequada" não comprometeria o resultado dos exames.

   A reportagem da Vanguarda jogou por terra tal alegação ao ouvir um especialista no assunto. Ele não só esclareceu que os resultados dos exames sofrem alterações como afirmou que a reutilização dos potinhos é expressamente vedada pela Anvisa, além de ferir o Código de Defesa do Consumidor.

  Tão absurda quanto a prática de reutilização era a forma como os potes eram guardados, sem as minimas condições de higiene.

  Como uma funcionária revelou ao Ministério Público de Bananal que faz esse procedimento há pelo menos dois anos, pode-se afirmar que todos os bananalenses que utilizaram potes dados pela atual administração devem refazer seus exames.

  Daí decorrem as consequências administrativas que a Prefeitura de Bananal deverá responder em decorrência de mais esta ação desastrada sob o governo David Morais.

  A municipalidade ficará sujeita a processos, no caso de tratamentos equivocados, efetuados de diagnósticos proferidos em função de exames com resultados não confiáveis.

  Mesmo que a administração David Morais tentasse reparar o erro, fazendo um constrangedor "recall" humano, disponibilizando exames para todos aqueles que o desejarem, o custo seria extremamente elevado para os padrões da Prefeitura.

  Tanto as supostas ações na justiça quanto o "mutirão" de exames custariam aos bolsos dos bananalenses um valor infinitamente maior do que o custo do lote de potinhos plásticos de coleta, cuja unidade sai a um preço que gira em torno de R$ 0,10 a R$ 0,20 centavos.

  Preço sem superfaturamento, é claro.


Nossa Região
  
Atualizado em: 19h59min - 18/07/2012


Procedimento é proibido pela Vigilância Sanitária e pode alterar o resultado de exames.

O Ministério Público e a polícia investigam a reutilização de potes descartáveis para coleta de urina em Bananal. O procedimento é proibido pela Vigilância Sanitária. E segundo especialistas pode alterar o resultado de exames.

Quatro pessoas já prestaram depoimento ao MP. Entre elas, uma funcionária da prefeitura responsável por lavar os frascos. A servidora disse que os potes de coleta de urina são reutilizados há, pelo menos, dois anos.

Quem levou o caso à Promotoria foi uma paciente, que não quis se identificar. Ela precisou fazer um exame no começo de julho. A vistoria feita pelo promotor no posto de coleta de exames causou surpresa. O material foi encaminhado para perícia.

A polícia também está investigando o caso para apurar de quem é a determinação de reutilizar os frascos para exame de urina. Isso, porque uma portaria da Anvisa proíbe a prática, já que depois de utilizados ele é considerado lixo hospitalar.

Segundo um especialista, o procedimento pode causar alterações no resultado dos exames. Para o Ministério Público, além de desrespeitar as normas sanitárias, o procedimento fere o Código de Defesa do Consumidor.

Ninguém da prefeitura de Bananal quis falar sobre o assunto. O procurador do município disse que foi aberta uma investigação interna e que uma resposta será enviada ao Ministério Público até esta quinta-feira (19).

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