O final da administração David Morais evidencia o ocaso de uma má gestão. Ou melhor, de uma péssima gestão.
Em mais uma incursão
nas manchetes negativas para a cidade, a administração David Morais apresenta
agora o corte de energia em imóveis da prefeitura, a suspensão da linha de
ônibus para universitários e de outros serviços básicos para a população.
Teme-se que o
desequilíbrio financeiro comprometa o pagamento da folha e o 13º salário dos
servidores municipais. No mesmo diapasão, há inquirições sobre o paradeiro de
parte de recursos de uma obra na cidade e a má qualidade de outras obras
realizadas.
Esse quadro lamentável
permite confrontar o discurso do prefeito, enquanto candidato, com o do
prefeito em final de mandato.
Parecem duas pessoas
diferentes, com discursos totalmente divergentes.
A separá-los, o curto
espaço de três meses.
O David Morais da
campanha pela reeleição apregoou uma imagem de “fazedor de obras”, que pegou a
prefeitura com o “caixa baixo” e garantiu uma recuperação financeira exemplar
que lhe permitiria “fazer muito mais”.
Quem conhece um
pouquinho dos meandros da administração da prefeitura de Bananal sabia o
tamanho da mentira.
O resultado das urnas
revelou que a população também não caiu no engodo. David ficou em último na
preferência dos eleitores, a despeito de ter a máquina de governo a seu favor.
Um vexame eleitoral histórico.
Já o David Morais que
se despede da prefeitura tenta buscar argumentos que lhe permitam justificar o
quadro caótico que deixará para sua sucessora. A mesma que o David candidato
alegou ter deixado o “caixa baixo”.
O paradoxo é que por
mais que o David de novembro busque argumentos, ele terá que desmentir o David que
existiu até 07 de outubro.
O prefeito faz cair a
máscara do candidato.
Se estava tudo às mil
maravilhas na prefeitura até o dia das eleições, como é possível ter chegado ao
ponto de cortes de energia e de serviços? É impossível que tudo tenha desandado
em menos de um mês.
Portanto alguém faltou
com a verdade. O David candidato, ou David prefeito. Pior ainda se forem os
dois. A iminente auditoria a ser empreendida na prefeitura a partir de 1º de
janeiro elucidará a questão.
O mais preocupante agora
é saber o tamanho do estrago deixado nos 4 anos do desgoverno de David Morais.
Nesta semana, o
Tribunal de Contas do Estado negou pedido de reexame e manteve parecer
desfavorável emitido nas contas de 2009, seu primeiro ano de governo. Contas
que o prefeito conseguiu postergar para poder dizer na campanha que era “ficha
limpa”.
Essa conta de 2009 é a
ponta do iceberg que vai tirar o sono de muitos bananalenses.
O blog vai acompanhar
todo esse processo e o novo desafio que a prefeita eleita terá a partir de 1°
de janeiro.
Quem estiver disposto a
ficar com insônia, que nos acompanhe.
24 de novembro - 23:44 hs