Bananal avalia danos das chuvas do início do ano.


As chuvas torrenciais dos dois primeiros dias do ano deixaram danos em alguns pontos do município, além de provocar apreensão nos moradores com enchentes dos rios que cortam a área urbana de Bananal. Enxurradas formadas por águas pluviais das encostas de morros também surpreenderam, quase inundando dezenas de casas e danificando logradouros.

Pelo menos quatro bairros sofreram consequências com as intempéries dos dias 1º e 02 de janeiro.

Na Vila Bom Jardim os locais mais atingidos foram o entorno da Praça São Pedro e as ruas Otaviano Vani e Antônio Gervásio do Nascimento. As enxurradas que desceram dos morros invadiram ruas e trouxeram grande quantidade de lama e entulhos.

Os moradores registraram com fotos e vídeos o avanço das águas e postaram em redes sociais.



As águas que desceram pela confluência das ruas Antônio Gervásio do Nascimento e Otaviano Vani (popularmente conhecida como rua da Irmã Ondina) danificaram o asfalto que já não estava em boas condições, aumentando os buracos. Parte do asfalto foi arrastado até a estreita ponte que interliga a área com a avenida João Barbosa de Camargo.

Um morador declarou que a última enxurrada com estas proporções ocorreu há cerca de 20 anos. Os próprios moradores resolveram não aguardar os funcionários da prefeitura e fizeram a limpeza da área.

A enxurrada das imediações também escoou sobre a rua Geraldo Fernandes, desembocando na ponte que interliga o estádio João Avelar e a Praça São Pedro sobre o rio Turvo. Um buraco se formou na cabeceira da construção recentemente desobstruída pela prefeitura. A obra de sustentação com sacarias de areia e cimento não resistiu e parte do suporte lateral desceu com um deslizamento de terras para a margem do rio. A ponte voltou a ser interditada pela Defesa Civil para a passagem de pedestres, mas várias pessoas se aventuram a passar sobre ela, transpondo as cercas de segurança.    

Do outro lado da margem, na parte frontal da Praça São Pedro, outra enxurrada desceu pelas encostas adjacentes ao morro do Jalém. O maior volume de água se concentrou entre a Praça São Pedro e o Supermercado que existe em frente. O fenômeno não é novo, assim como as reclamações dos moradores que apontam o entupimento das bocas de lobo e bueiros como principal fator que impede a vazão do volume de água.

Nos dias seguintes, a prefeitura providenciou maquinário para retirar toda a lama e entulhos.

Há relatos também de casas danificadas pela enchente do rio no bairro Recanto Feliz.

Bairros Laranjeiras e Niterói.



A rua Arnaldo de Souza, que liga os bairros Laranjeiras e Niterói, sofreu nova erosão em sua base às margens do rio Bananal. 

No início de dezembro, a força de uma enchente provocou a remoção de boa parte do solo. A rua estava interditada e os danos desta vez comprometeram a sustentação em um de seus pontos.

Praticamente um terço de sua largura não possui solo abaixo e os bloquetes do calçamento estão suspensos no vazio. Nem mesmo pedestres se arriscam a chegar na borda. Ao longo da margem oposta foram constatados outros pontos de erosão. Moradores de uma das casas tentam recompor e proteger a área do quintal com barricada de sacos.


Bairro Boa Esperança (Palha).

Uma das áreas de risco mais preocupantes de Bananal, o bairro Boa Esperança também sofreu com as enxurradas dos morros.

Com a maior parte das construções erguidas nas encostas, alguns moradores viram as águas quase invadirem suas casas ao descerem em quantidade bem acima do normal. Em um dos pontos críticos, um poste da Elektro ficou perto de descer pela encosta. A empresa já reinstalou o poste em local mais seguro.

Com esses e outros registros, a Defesa Civil de Bananal iniciou o primeiro dia útil do ano, em 04 de janeiro, tentando atender as demandas dos moradores. Os relatórios sobre os danos são enviados para a Coordenadoria da Defesa Civil do estado.

Através desses relatórios de avaliação de danos é realizada uma estimativa de valores aos prejuízos causados a moradores e ao município em geral.

Apesar dos danos e sustos na população, os registros não irão provocar a decretação de estado de emergência no município.

Postagem Anterior Próxima Postagem