Serra da Bocaina passa a integrar Patrimônio Mundial da Unesco


Em resultado divulgado na manhã desta sexta-feira, 5 de julho, a Serra da Bocaina recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em reunião de seu comitê na cidade de Bakú, no Azerbaijão.

A Serra da Bocaina foi inscrita com destaque para o Parque Nacional, que abrange atrativos naturais localizados em São José do Barreiro, Areias, Cunha e Ubatuba, no lado paulista, além de Paraty e Angra dos Reis, no litoral fluminense. O entorno do Parque engloba Bananal, Arapeí e Silveiras em sua zona de amortecimento, como é denominada a área estabelecida ao redor de uma unidade de conservação que serve para filtrar as atividades que ocorrem fora dela.

Por sua relevância, o título foi festejado em toda a região, tanto por dar maiores garantias às suas unidades de preservação, quanto por uma maior expectativa de incremento a seus circuitos ecoturísticos.

Com 104 mil hectares de área, o Parque Nacional, com sede em São José do Barreiro e Sub Sede em Paraty, apresenta variações de altitude, paisagens e atrativos como praias, piscinas naturais, rios, cachoeiras, picos, mirantes, além da riqueza de flora e fauna proporcionada pela Mata Atlântica.

Os atrativos históricos e culturais também se revelam em caminhos e trilhas que remetem à época do tropeirismo, bem como à cultura caipira, em sua porção serrana, e caiçara, em sua faixa litorânea.

Dentre os principais atrativos do novo Patrimônio Mundial da Unesco na parte serrana estão a cachoeira de Santo Izidro, a cachoeira das Posses, o Vale do Veado, o Pico do Tira Chapéu e a Pedra da Macela.

Na área litorânea destacam-se, dentre outros, as cachoeiras do rio Mambucaba, a piscina natural de Trindade, as praias do Meio e da Caixa D'Aço em Paraty.

A Serra da Bocaina se junta a outros 21 patrimônios mundiais da humanidade brasileiros, dos quais sete são naturais e 14 são culturais.

O Ministério do Turismo destacou que, com o reconhecimento internacional, a região se tornou o primeiro sítio misto do Brasil, que agora possui 22 bens “na lista de sítios de excepcional valor universal”.

Conforme o ministério, com cerca de 85% da cobertura vegetal nativa bem conservada, a área forma o segundo maior remanescente florestal do bioma Mata Atlântica e é cercada por quatro áreas de conservação ambiental, além de ser palco de um dos principais centros históricos e culturais do país.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que tinha se reunido no dia 19 de junho com diretores da Unesco, em Paris, para reforçar e apoiar a candidatura, além de outras regiões turísticas brasileiras a títulos mundiais, disse que o reconhecimento é um importante aliado para o desenvolvimento turístico do Brasil.

“Essas localidades vão potencializar o turismo nacional e, certamente, aumentarão o número de turistas no país e na região. É o Ministério do Turismo trabalhando para que o setor possa realmente ser uma importante vertente da nossa economia, sobretudo com geração de emprego, renda e inclusão social para a nossa população”, comentou.

* Da Redação, com informações e fotos do ICMBio e Agência Brasil

** Matéria atualizada às 17h41 para acréscimo de informações



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