Número de isolamentos domiciliares cai de 9 para 5 em Bananal. Permanecem os dois casos suspeitos


Quatro casos monitorados atingiram tempo mínimo de isolamento e foram liberados.
Ministério da Saúde definiu novas orientações de distanciamento social 

Da Redação com informações do Governo de SP e Agência Brasil

Quatro casos de isolamento domiciliar foram descartados nas últimas 24 horas em Bananal. O indicador, que havia oscilado entre 7 e 8 na semana passada, chegou a 9 no domingo (5). Com a liberação, agora apenas 5 casos são monitorados pelas equipes de saúde do município.

Bananal é o único município da região a divulgar esse monitoramento em seu boletim epidemiológico.

O isolamento domiciliar é uma medida preventiva de acompanhamento do quadro de pessoas que estiveram próximas a pacientes com suspeita de Covid-19 e passaram a apresentar sintomas leves da doença. A recomendação mais comum é para não ficarem em hospitais, mas reclusos nas próprias casas, monitorando os sinais. Desta forma, evita-se a chamada "contaminação cruzada" e resulta em menos pessoas contagiadas.


O Boletim epidemiológico desta segunda, 6 de abril, mantém o número de dois casos suspeitos em Bananal. O novo caso foi divulgado ontem, quatro dias depois de ser descartado um dos casos registrados no dia 22 de março.

Apesar do surgimento de casos suspeitos em Bananal, São José do Barreiro, Queluz e Silveiras, entre os dias 21 de março e 05 de abril, nenhum deles foi confirmado até o presente momento no Vale Histórico. Arapeí e Areias sequer registraram casos suspeitos.

O Estado de São Paulo registrou nesta segunda-feira (6) um total de 304 mortes pelo novo coronavírus. Com 29 novos óbitos e 4.861 casos, a doença chega a todas as regiões administrativas do Estado. 107 municípios têm pelo menos um caso confirmado da doença.

Os óbitos continuam se concentrando em pessoas com 60 anos ou mais, somando 262 pessoas. Entre o total de mortes estão 174 homens e 130 mulheres.

Ministério define novas orientações sobre distanciamento social

O Ministério da Saúde estabeleceu novas orientações em relação ao distanciamento social para combater a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Em Boletim Epidemiológico divulgado hoje (6), a equipe do órgão cria diferentes formas de isolamento e recomenda regras mais leves para municípios que ainda não estejam com alta ocupação de leitos nas unidades de saúde.

Segundo a nova orientação, haveria duas categorias de distanciamento: o ampliado e o seletivo. O ampliado é o que foi adotado pelos estados até o momento. Na nova diretriz da pasta, os municípios e estados em que os casos confirmados não tenham resultado em uma ocupação de leitos maior do que 50% da capacidade do local devem migrar da modalidade ampliada para a seletiva.

O distanciamento seletivo seria aquele no qual “apenas alguns grupos ficam isolados, sendo selecionados os grupos que apresentam mais riscos de desenvolver a doença ou aqueles que podem apresentar um quadro mais grave, como idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, cardiopatia etc.) ou condições de risco como obesidade e gestação de risco”. Nesse modelo, as pessoas com menos de 60 anos podem circular livremente, desde que não apresentem sintomas da covid-19.

Essa transição do distanciamento social ampliado para o seletivo, conforme a recomendação, começaria na próxima segunda-feira (13).

Já os locais que apresentam coeficiente de incidência da pandemia 50% acima da estimativa nacional devem manter o distanciamento ampliado até que o estoque de equipamentos, insumos e força de trabalho em saúde estejam “disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo conforme descrito na preparação e resposta segundo cada intervalo epidêmico”, pontua o boletim epidemiológico.

As unidades federativas com coeficiente 50% acima da taxa média de incidência são, no balanço de hoje divulgado pelo Ministério da Saúde: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Distrito Federal.

De acordo com o Boletim Epidemiológico, o distanciamento social ampliado é “essencial para evitar uma aceleração descontrolada da doença”, mas sua manutenção prolongada “pode causar impactos significativos na economia”.

Já o distanciamento seletivo possibilitaria a “retomada da atividade laboral e econômica” com “criação gradual de imunidade de rebanho de modo controlado”. Por outro lado, nesse caso “grupos vulneráveis continuarão tendo contato com pessoas infectadas assintomáticas ou sintomáticas, tornando mais difícil o controle”.  

A mudança vai ao encontro da posição do presidente Jair Bolsonaro, que vem defendendo a necessidade de retomada das atividades econômicas para impedir ou mitigar prejuízos na esfera da produção.

Até então, o Ministério da Saúde vinha enfatizando a importância do distanciamento social tal qual adotado pelos estados. Em diferentes entrevistas coletivas, o titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, e secretários responsáveis pela resposta à pandemia ponderaram a importância dessas medidas para impedir o colapso do sistema de saúde, que o ministro chegou a projetar para o fim de abril.

Em coletiva hoje no Palácio do Planalto, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, lembrou que o Brasil levou 17 dias para chegar do primeiro ao 100° caso, mais sete dias para ir até o 1.000º caso e 14 para chegar aos 10 mil casos confirmados.

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