Nova variante do novo coronavírus é identificada em Porto Real

 

Linhagem foi nomeada como P.5. Dezenove casos da mesma variante já foram localizados no estado de São Paulo

Por Ricardo Nogueira com informações de Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

Uma nova linhagem do novo coronavírus, originária da B.1.1.28, foi detectada no município fluminense de Porto Real, divisa com o estado de São Paulo. Nomeada como P.5, a linhagem tem a mesma estrutura da cepa original, porém sofre mutações no spike, como é conhecida a coroa do vírus que se liga à célula. A informação foi divulgada neste dia 22 pela Secretaria de Estado de Saúde (SES)

Prefeito de Porto Real, o médico Alexandre Serfiotis postou um vídeo em sua página no Facebook afirmando que "ainda não se tem informação se essa nova linhagem é mais transmissível ou mais letal do que o vírus [original] da Covid-19". Serfiotis ressaltou a importância de se manter as medidas de proteção básicas, como lavar as mãos, usar máscaras, álcool em gel e o distanciamento social. "O município tem trabalhado muito para que a gente avance na vacinação. Estamos cumprindo todo o calendário de nota técnica do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro. Nós avançamos muito na vacinação. Estamos com mais de 30% de aplicação de 1ª dose e aproximadamente entre 13% e 14% de 2ª dose. Já vacinamos todos os grupos de risco e agora estamos vacinando na faixa de 50 anos", complementou o prefeito (assista abaixo).

 

"Dezenove casos da mesma variante já foram localizados no estado de São Paulo e, até o momento, não é possível afirmar que ela seja mais letal ou transmissível”, informou a secretaria, em nota. Não foram especificados quais os municípios paulistas com os casos da nova cepa.



A descoberta ocorreu graças ao monitoramento genômico da Rede Corona-Ômica-RJ. O estudo faz parte de uma parceria entre Secretaria de Saúde, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Laboratório Central Noel Nutels, da Fiocruz, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os dados do monitoramento mostram ainda que a linhagem P.1 (Brasil) continua sendo a mais frequente no estado. Além disso, registrou uma baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Reino Unido) e o declínio da P.2, desde novembro do ano passado.

A Secretaria de Saúde ressaltou que, independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e os métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas como uso de máscaras, álcool em gel e lavagem das mãos. A secretaria lembra que também é necessário evitar a aglomeração.

Além disso, é importante os municípios continuarem avançando no processo de vacinação contra a covid-19 e que a população retorne para receber as segunda dose. Apenas assim, é possível alcançar a completa eficácia da vacina. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento”, concluiu a nota.



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