Dois homens e uma mulher foram presos em flagrante por extorsão mediante sequestro, com restrição da vítima por período superior a 24 horas
Por Ricardo Nogueira, com informações da Policia Civil
A Policia Civil de Bananal resgatou, no dia 29 de março, uma moradora local sequestrada na própria casa por dois homens e uma mulher no dia anterior e mantida em cativeiro por mais de 24 horas em Barra Mansa.
O trabalho foi deflagrado após uma denúncia anônima sobre a ocorrência do sequestro.
Os policiais realizaram uma incursão na residência da suposta vítima para verificar a procedência das informações. No local, a irmã da vítima confirmou que ela havia sido retirada da sua residência por dois homens e uma mulher e estava sendo mantida em cativeiro no município de Barra Mansa.
A irmã da vítima estava recebendo ligações dos sequestradores a todo momento, exigindo pagamento de um valor em dinheiro como condição para a libertação.
Orientada pela equipe de policiais, a irmã da vítima disse aos indivíduos ter levantado a quantia exigida, combinando a entrega do numerário no entorno de sua própria residência. Eles aceitaram o combinado, mas exigiram que fosse enviada uma fotografia do dinheiro. Diante disso, a própria equipe de policiais sacou a quantia e entregou para a irmã da vítima fotografar dentro de sua residência e enviar aos autores do crime.
Após enviar a foto do dinheiro, a irmã solicitou que lhe enviassem uma foto da vítima no interior do veículo, já que os autores, naquele momento, alegavam estar com ela numa das saídas de Barra Mansa.
Após a troca de fotos, a equipe policial se posicionou em campanha estática no entorno do imóvel e ficaram observando. Quando o carro apareceu nas imediações da casa, os policiais civis fizeram a abordagem dos integrantes e a retirada imediata da vítima do interior do veículo.
Todos foram conduzidos para a Delegacia. Tomadas as respectivas versões, a autoridade policial entendeu tratar-se de extorsão mediante sequestro (crime hediondo) qualificado pela restrição da vítima por período superior a vinte e quatro horas. Foi lavrado flagrante por tratar-se de crime permanente, que admite flagrante em qualquer momento, sendo indiciados os dois homens e a mulher.
Para instruir o feito, foram apreendidos os celulares dos indiciados bem como colhidas mensagens do celular da irmã da vítima para comprovar a negociação de valores como condição para a libertação.
