Captação de água para Bananal requer investimento de R$ 1, 4 milhão

Para evitar problemas de desabastecimento de água dentro de 4 anos, Bananal precisa de obras no valor de R$ 1.453.000,00 (um milhão, quatrocentos e cinqüenta e três mil reais)  destinadas à implantação de um novo sistema com captação em manancial superficial para ampliar sua capacidade.
A proposta de solução para a oferta de água para Bananal está inserida no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água” divulgado na semana passada sob a coordenação da Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo o relatório, Bananal está entre os 3.059 municípios brasileiros passíveis de sofrer problemas de abastecimento se mantiverem os atuais sistemas. A cidade, abastecida exclusivamente pelo rio Bananal (sistema isolado), terá, no cenário previsto para 2015, que triplicar sua demanda urbana de 25 L/s. A projeção foi calculada tomando por base a população urbana de 2007, que, segundo o IBGE, era de 7.571 habitantes.
A Sabesp, concessionária estatal que serve o município, colaborou na elaboração dos dados do Atlas incluindo os croquis expondo o sistema atual e o do sistema proposto para dar sustentabilidade à demanda local.
Pelo projetado, a captação do novo sistema pelo manancial superficial do rio Bananal acrescentaria 50 L/s à demanda urbana, triplicando a capacidade dos atuais 25 L/s para 75 L/s.

Croqui do sistema proposto para Bananal. Os itens em verde são os projetados para o novo sistema.


O quadro no qual Bananal está inserido (sistema isolado e com manancial superficial/misto), é compartilhado com outros 43 municípios paulistas. A adoção de novos mananciais para essas localidades tem uma previsão de investimentos na ordem de R$ 291,48 milhões. Em todo o estado de São Paulo, o montante previsto é de R$ 5,39 bilhões.

O que é o ATLAS Brasil

Conforme o preâmbulo do relatório que detalha os resultados por Estados, o ATLAS Brasil – Abastecimento Urbano de Água, é a consolidação final de estudos desenvolvidos pela ANA desde 2005 para analisar a oferta de água à população brasileira e propor alternativas técnicas para garantir o abastecimento dos 5.565 municípios do país.
Ele se insere num amplo contexto de planejamento, oferecendo um portfólio detalhado de projetos e obras para a programação de ações de longo prazo e a identificação de intervenções emergenciais.
O Atlas contribui tanto para a gestão integrada dos recursos hídricos quanto para a racionalização dos investimentos em saneamento.
O relatório afirma que enfrentar os sérios problemas de acesso à água, agravado pela sucessão de eventos críticos no Brasil e no mundo, não é uma questão intransponível, mas tampouco é uma tarefa simples.
Para vencer tal desafio são necessárias ações integradas no planejamento, na regulação da prestação dos serviços públicos e nas políticas de financiamento.
Por isso, a ANA propõe a ação articulada e integrada entre União, Estados e Municípios e também entre os setores especializados em recursos hídricos e saneamento para o êxito das alternativas propostas, das quais depende a sustentabilidade urbana, econômica e ambiental das cidades brasileiras.  
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