David Morais assume que Prefeitura está quase falida.

  O atual prefeito de Bananal, David Morais admitiu, em entrevista à TV Band Vale, que a Prefeitura de Bananal está quase falida.

  A declaração foi apresentada numa reportagem sobre a falta de médicos e de energia elétrica nos prédios públicos da cidade. 

  A matéria (reproduzida ao final deste post) abrange também reclamações de populares com a redução do ano letivo para os alunos da rede municipal. Os estudantes só teriam aula até o final de novembro, sem atingir o mínimo de 200 dias letivos.

  Surpreendido pela reportagem quando conversava com amigos e parentes na Praça Pedro Ramos, David Morais, que jamais tinha falado em outros momentos críticos de seu governo para equipes de TV, foi instado a falar sobre a crise.

  Alegou que o município não tem dinheiro para pagar médicos que recebem cerca de R$ 2 mil reais em cidades próximas, citando Porto Real e Piraí, no estado do Rio.

  Em relação ao corte de luz nos prédios públicos, David Morais deu uma resposta questionável. Após culpar o governo federal pela redução do IPI, declarou que "os prédios estão todos em dias (sic). Só que o CNPJ da prefeitura é um só. Tem áreas de iluminação pública que não estão pagas porque a prefeitura não tem taxa de iluminação e a Elektro não quer liberar".

  Em suma, o prefeito quis fazer crer na reportagem que as contas dos prédios públicos, que possuem contas próprias, individuais para cada endereço, estariam vinculadas ao não pagamento da iluminação pública, dos postes nas vias públicas. Uma declaração distorcendo a forma de cobrança da Elektro.

  Resultado, ao final da matéria, a âncora do telejornal relatou o desmentido da empresa, confirmando que o corte de energia foi mesmo por falta de pagamento dos imóveis municipais.

  Conta de prédio público nada tem a ver com pagamento de iluminação pública. O que certamente ocorreu foi que, ao deixar cortar a energia dos prédios, a prefeitura não teve como religar porque, aí sim, constaram as pendências em seu CNPJ. 

  Nada disso teria ocorrido se a administração tivesse evitado os cortes.

  Agora o Executivo fica refém de novas renegociações da divida e da boa vontade da Elektro.

  O mais preocupante, no entanto, é o reconhecimento do próprio David Morais de que a Prefeitura está (agora sim) de "caixa baixo".

  Em suas próprias palavras, "a Prefeitura não tem dinheiro. Posso dizer que é uma prefeitura quase que falida".

  Como a Prefeitura, enquanto órgão público, não é posto de gasolina para falir, ainda resta uma esperança.

  Que o dia 31 de dezembro chegue com a maior brevidade possível e que a austeridade volte à Prefeitura a partir de 1º de janeiro. A falta de comando e de competência no Poder Executivo precisa ter um fim.

  Para o bem de todos nós.

Clique para assistir a matéria. 
 
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