Prefeitura emite nota para rebater reportagem do CQC.

  Em sua página no Facebook, a Prefeitura de Bananal emitiu uma nota oficial no final da tarde do dia 10 de dezembro para tentar esclarecer a polêmica denúncia de superfaturamento em linhas do transporte escolar levada ao ar pelo programa Custe o que Custar (CQC) da Rede Bandeirantes, no dia anterior. 

A reportagem do CQC atendeu os denunciantes Vicente Almeida e Leonardo Silvério no quadro "Proteste Já". Pesquisando no próprio site da prefeitura, eles estranharam os preços e as quilometragens descritas nas linhas escolares e decidiram acionar o programa.

  Distribuída em quatro tópicos, a nota oficial inicia esclarecendo que a Prefeita Mirian Bruno não participou da entrevista agendada pela produção do programa devido a um compromisso previamente agendado em São Paulo, na Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, mais precisamente no DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias). Na reportagem do CQC o repórter/humorista Oscar Filho insinua que a Prefeita "deu no pé" para não falar com a equipe.

  No segundo tópico está a justificativa para o aumento de preços. A reportagem mostrou que o valor subiu de R$ 1,50 para R$ 4,25. Segundo a nota, o serviço anterior não cumpria as normas legais para atendimento de estudantes, gerando inclusive um inquérito civil público contra a administração 2009/2012, do ex prefeito David Morais.

  Para atender as exigências, o serviço passou a ser prestado por empresa especializada no ramo, com veículos novos de 15 lugares contando com acompanhamento de um monitor para o embarque, desembarque e demais cuidados aos alunos durante cada trajeto. Também são exigidos a utilização de veículos com tacógrafos, carros reservas e seguro contra acidentes, dentre outros requisitos. A nota ainda afirma que o preço cobrado por quilômetro está abaixo da média praticada por cidades da região.

  No terceiro item, a nota classifica como indevida a comparação feita com o preço cobrado por um serviço de táxi. O repórter fez um dos trajetos e mostrou o taxímetro marcando a corrida por R$ 103,31, enquanto pelo edital o percurso sai por R$ 184,87.

  A nota argumenta que um táxi leva no máximo 4 pessoas, enquanto uma kombi escolar transporta 15 alunos, ou seja, quase 4 vezes mais.

  No último tópico a nota afirma que a rota mencionada na matéria, entre o centro de Bananal e a Apae em Barra Mansa, na verdade percorre outros bairros. Isso chegou a ser mencionado pelo Secretário Jair dos Santos Andrade na entrevista, mas Oscar Filho rebateu dizendo que isso deveria constar do itinerário. Nesse aspecto, entra o ponto seguinte da nota oficial, esclarecendo a diferença conceitual entre linha e rota. A linha nada mais é do que a simples denominação dada entre os pontos de partida e chegada. A rota é o percurso real que engloba a circulação pelo centro da cidade, passando pelas localidades Cambraia e Fazenda 57, no Pouso Seco, a Apae e o Colégio Marcelo Drable, em Barra Mansa. Isso porque cada criança especial é embarcada e desembarcada na porta de sua residência. Sendo assim, o percurso demonstrado na reportagem não correspondeu à rota verdadeira, mas apenas ao descrito na denominação da linha.

A nota da prefeitura finaliza afirmando que foi determinada a instalação de procedimento administrativo para apuração, visando certificar a regularidade da licitação e a medição das rotas praticadas, a serem divulgadas posteriormente ao público.


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