Procurado por latrocínio que chegou a ficar em Bananal é morto em cerco policial. PM também morreu na operação


Emídio disparou contra os policiais e alvejou PM na região da clavícula antes de ser morto em local de difícil acesso na zona rural de Cruzeiro

Por Ricardo Nogueira

Novais Emídio Máximo, de 37 anos, procurado por roubo e receptação, foi morto durante uma operação policial na zona rural de Cruzeiro na madrugada deste sábado, 13 de junho. Na reação ao cerco, ele feriu mortalmente um PM, que não resistiu aos ferimentos e faleceu quando estava sendo socorrido.  

Com mandado de prisão expedido pela participação em um latrocínio (roubo seguido de morte) cometido em Piquete em novembro de 2019, Emídio ficou em Bananal por 3 meses e se evadiu da cidade ao notar movimentação da polícia em seu cerco.



A operação deste sábado foi deflagrada por volta da 1h da madrugada pelas equipes da Força Tática do 23º BPMI após denúncia de que Emídio estaria escondido em local de difícil acesso no bairro Batedor, zona rural de Cruzeiro.

Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos a tiros por Emídio. Antes de ser morto, ele alvejou um policial militar na região da clavícula esquerda. O Sargento PM Fábio Henrique Neves, de 48 anos, foi levado para o Hospital Santa Casa de Cruzeiro, mas não resistiu ao ferimento e faleceu quando era socorrido. O Comando do Policiamento militar da região emitiu nota de pesar, detalhando a ocorrência. (veja ao final da matéria)

Foto encaminhada ao jornal por um colaborador, mostra o foragido morto, com respingos de sangue na área do peito.



Foragido se escondeu em Bananal por 3 meses

No período em que esteve foragido, Emídio chegou a trabalhar como pintor em Bananal entre dezembro e o início de março deste ano. No dia 04 de março ele fugiu pelo córrego do bairro Formigas ao notar a movimentação dos policiais. Uma faca foi encontrada e apreendida pela polícia no local onde ele estava morando em Bananal.

Na ocasião, as polícias dos municípios vizinhos, do Vale Histórico e do Sul Fluminense, foram mobilizadas com a instrução de que se tratava de um homem alto, forte, perigoso e que costumava andar armado com faca. Houve a instrução também de que ele era habituado a se locomover pelo mato e sempre reagia à prisão, não se entregando facilmente.

Nos meses seguintes, moradores de variados bairros de Barra Mansa chegaram a postar em redes sociais que teriam visto o foragido. Houve até relatos de que ele estava tentando entrar furtivamente nas casas.

Latrocínio

Em 29 de novembro de 2019 Emídio teria, junto com outros dois adolescentes, de 14 e 17 anos, participado do roubo de duas motocicletas e dez leitões em um sítio localizado no Pico do Marins, município de Piquete, região que faz divisa com Marmelópolis (MG).

A ação criminosa resultou na morte dos moradores daquele local. Sebastião José Alves, 89 anos, e seu filho Milton José Alves, de 55 anos, foram torturados antes de serem mortos. Os corpos foram encontrados carbonizados pela policia.

Os adolescentes foram detidos dois dias depois em Delfim Moreira (MG). Com eles estavam outros objetos roubados do sítio e R$ 3 mil em dinheiro. Desde então, a policia estava no encalço de Emídio.

O mandado de prisão para ele foi determinado pela Justiça de Guaratinguetá no final de novembro, atendendo pedido cautelar do Delegado de Policia encarregado do caso.

Nota de Falecimento e Luto na PM

Por volta das 11h da manhã, o Comando do Policiamento do Interior 1 (CPI-1) que abrange as áreas do Vale do Paraíba e Litoral Norte, emitiu nota detalhando a ocorrência e manifestando pesar pelo falecimento do Sargento Neves, pertencente ao 23º BPMI (Batalhão da Policia Militar do Interior). Com 48 anos de idade, ele era casado, pai de 5 filhos e estava prestes a completar 28 anos de serviços na Policia Militar do Estado de São Paulo.




* Matéria atualizada às 15h45 para acréscimo de informações


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