Plano de flexibilização regional mostrará Vale Histórico com taxa baixa de contágio


Se a argumentação for aceita, região poderá reivindicar a reabertura de escritórios e lojas, seguindo protocolos de higienização e segurança

Da Redação, com informações  do jornal O VALE

A sub-região do Vale Histórico será apresentada como de baixa taxa de contágio da Covid-19 no Plano Regional da RM Vale para flexibilização da quarentena a ser apresentado ao governo estadual na próxima quarta-feira, 27 de maio. Outro argumento a ser apresentado para subsidiar o plano é que o aumento de casos da doença não compromete a rede hospitalar da região. A eventual aceitação do Plano Regional pelo governo pode significar a reabertura das atividades comerciais nos municípios que integram a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. 

A quarta-feira (27) deve marcar o anúncio, por parte do governador João Doria, de uma nova modalidade de quarentena no estado, mais flexível, baseada em dados sobre a situação epidemiológica de cada localidade.

As cinco sub-regiões da RM Vale (São José dos Campos, Taubaté, Litoral Norte, Guaratinguetá e Vale Histórico) apresentaram subsídios para o plano regional, segundo informações publicadas pelo jornal O VALE. A reportagem não detalha por quem e como foram feitos os relatórios que embasaram cada uma delas, mas destaca que a elaboração tem o apoio do secretario estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido. Ele foi indicado pelo governo de São Paulo para acompanhar a região.

A matéria de O VALE relata que uma primeira versão do plano será apresentada nesta terça (26), durante reunião do Conselho Municipalista com representantes das principais regiões administrativas do estado. Caberá ao representante da região, Felício Ramuth, prefeito de São José dos Campos, apresentar o Plano da RM Vale, juntamente com Penido.

O documento vai mostrar as sub-regiões do Vale Histórico e de Taubaté com taxa baixa de contágio e as sub-regiões de São José dos Campos e do Litoral Norte com um quadro preocupante de contaminação, com maior número de cidades com casos positivos e de mortes confirmadas. No entanto, nenhuma delas apresentaria riscos de provocar o colapso no sistema de saúde regional. O aumento do contágio não estaria impactando a rede hospitalar e permitiria o relaxamento da quarentena em junho.

O plano regional conta ainda com o apoio do presidente do Codivap e prefeito de Jacareí, Izaías Santana. 

O relatório pretende demonstrar que a taxa de isolamento da região, cerca de 5% abaixo do aceitável para o critério de flexibilização do governo, não representa ameaça de esgotamento da rede hospitalar nas sub-regiões.

No caso do Vale Histórico, o número de leitos de UTI subiu de 10 para 20 recentemente no hospital referência em Cruzeiro e também foi inaugurado um centro específico para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Se a argumentação for aceita e o estado permitir a flexibilização da quarentena "inteligente", a região poderá reivindicar a abertura de escritórios de profissionais liberais e de lojas de calçados e roupas, por exemplo, seguindo protocolos de higienização e segurança. Dentre as sugestões para essa retomada estão a restrição do número de pessoas nos estabelecimentos e ampliação dos horários de atendimento.

Os representantes da região consideram também que não há condições de se estender a quarentena no atual formato com as pessoas divididas sobre a adesão ao isolamento social, pois não há unidade sobre o tema no país e os órgãos públicos não possuem ferramentas práticas para fazer valer os decretos de restrição por muito mais tempo.

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