São Paulo monta força-tarefa para testes da COVID-19


Demora nos resultados gera especulações e atrapalham
o trabalho das autoridades em saúde pública

Da redação, com informações da Assessoria de Imprensa do Governo de SP


A demora no resultado dos exames colhidos em casos suspeitos e na definição da causa mortis das vítimas do coronavírus é um elemento que vem incomodando as autoridades.

Além do tempo, ela ainda dá margem para fakenews lançadas em redes sociais que acabam tendo efeito na opinião pública, gerando desconfianças.

Sempre que um caso suspeito é divulgado, a apreensão toma conta de todos. Gera inseguranças e, infelizmente, notícias falsas. É um efeito quase generalizado.

No Vale Histórico foi assim em Silveiras no dia 21 de março, em Bananal no dia 22, em Queluz no dia 30 e, mais recentemente, em São José do Barreiro, com um caso suspeito registrado no último dia daquele mês. Em quase todas as localidades, o anúncio é seguido de adivinhações sobre a identidade do paciente e, em cidades pequenas, a especulação atrapalha ainda mais a rotina de quem é apontado, assim como de sua família.

As autoridades, já com tempo escasso para adotar e executar ações preventivas no combate ao vírus, são obrigadas a utilizá-lo para recompor a verdade. Uma missão difícil nesses tempos onde qualquer conteúdo se alastra incontrolavelmente pelas redes virtuais.

A realidade do momento mostra que no Vale do Paraíba o tempo médio para o resultado do teste tem sido de uma semana para óbitos e de duas semanas para casos suspeitos.   

Buscando soluções para esses impasses, o governo estadual de São Paulo pretende ampliar a rede de testes para o novo coronavírus (causador da doença COVID-19) no Estado. A medida foi anunciada na quarta-feira (1º) no Palácio dos Bandeirantes, na capital.

“Vamos reforçar a rede de exames e garantir, dessa forma, um monitoramento efetivo sobre a circulação do coronavírus em nosso Estado. Assim, poderemos adotar as medidas necessárias para proteger nossa população”, disse o Governador João Doria.

As unidades regionais do Instituto Adolfo Lutz, situadas em Santo André, Sorocaba, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto, estarão habilitadas a processar amostras, com capacidade de 500 exames por dia em um primeiro momento, podendo chegar a até mil.

Nesta semana, chegam ainda 20 mil kits de testes importados e 10 mil enviados pela Fiocruz, que serão distribuídos entre o Instituto Adolfo Lutz e outros laboratórios credenciados.

A expectativa é que o Centro de Laboratório Regional do Instituto em Taubaté seja abastecido com esses materiais e agilize o procedimento de divulgação dos resultados.

Amostras

A Secretaria da Saúde também passou a processar, a partir do primeiro dia de abril, 720 amostras diárias no Centro Estadual de Análises Clínicas (Ceac) da Zona Norte, unidade que já é do Governo do Estado. Nesse local, serão processadas amostras de 43 hospitais da rede estadual da Grande São Paulo.

A força-tarefa também inclui o processamento de 201 amostras de óbitos suspeitos, que terão diagnóstico final nas próximas 24 horas.


Postagem Anterior Próxima Postagem